22 fevereiro, 2014

Cicatrizes

Ele era um garoto que gostava do vento. De como uma coisa simples era capaz de balançar qualquer outra coisa. E que às vezes arrebentava sem destruí-lo por completo. Os cacos soltos que ficavam perdidos, o vento levava. Mas as cicatrizes que os cacos deixavam, elas permaneciam. As pessoas, geralmente, enxergam as outras com a janela fechada, sem saber realmente o que está no verso dela. Mas a partir do momento que a janela é rachada, os dois lados dela conseguem se ouvir. Nós somos remendados por cicatrizes, só elas podem juntar uma parte a outra. 
As partes. Juntas. UNIversos. Vivem.


Lia.

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