30 janeiro, 2014

Maria


Tenho mar no nome. E vivo em um às vezes ou me perco em suas ondas que se quebram no meio do caminho, que se recuam e dão vida a uma nova, sucessivamente. Sempre me perco em imensidões, mas não vejo isso como uma coisa ruim. Infinitos são inesperados. E mesmo que esteja em meio de um, há pontos exatos e que se encontram formando um só. Ponto sem fim, que só tem o começo, é para sempre  e que se termina quando se deixa de ter vida, ser cativado e habitado. A imensidão é morta cheia desses pontos que a gente faz viver e morrer. É difícil dar vida porque não é fácil que eles se encaixam, mas o fim é quando eles se quebram. E os nossos pedaços não se encaixam mais quando estão perdidos. É possível encontrar um ponto, e é possível fazer ele durar por muito tempo ou não. Mas de uma coisa é certa: a imensidão é cheia de infinitos e de pontos finais.

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