28 março, 2014

Andava de becos em becos, em busca do que nem ele sabia o que era. Naquele mundo onde uma hora todos se perdiam para ele - ou se entregavam, e então, sobravam rastros e pedaços perdidos no meio do caminho que não tinham espaço para caber mais dentro das pessoas, porque, também, agora elas nem sabem mais quem são. E estavam cheias daquilo que aquele mundo as davam. Elas estavam cheias de concreto, tanto por fora quanto, ainda mais, por dentro. Sentia seus pulmões arfando aquele ar que sufocava todos. O mundo ficou sozinho, e ele vagava nos cantos mais escuros e vazios. Estava perto, o suficiente para que pudesse ser o seu próprio fantasma. Mas ele ainda buscava alguma coisa que pudesse o preencher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário